
A Educação Corporativa vem sido cada vez mais aplicada pelas organizações, visando capacitar seus colaboradores. Mas nem sempre conquista resultados, pois na maioria das vezes, ocorre é o uso da pedagogia, que é voltada para crianças, no processo de desenvolvimento, por isso o aprendizado não se consolida de forma eficaz. Embora a educação para adultos tenha sido objeto de estudo durante séculos, e grandes personagens da História como Lao Tsé, Aristóteles, Sócrates, Platão, e até mesmo, os profetas hebreus e Jesus, tenham sido educadores, até pouco tempo, não existia uma teoria formada sobre as melhores maneiras de ensinar para este público, surgindo somente na década de 70 com o termo , Andragogia.
A “andragogia” é uma ciência da educação voltada para o público adulto e sua palavra vem do grego andros que significa adulto, e agogôs, que denota educar. Atualmente temos uma teoria andragógica consistente que pode direcionar os esforços de ensino para que se transfiram em conhecimento real para os adultos e resultados para as organizações.
Para aplicar a Andragogia é preciso conhecer os princípios fundamentais da aprendizagem de adultos e definir quais são os objetivos da aprendizagem e seus resultados esperados.
Princípios da Andragogia
A Andragogia baseia-se em seis princípios fundamentais:
Necessidade: os adultos precisam saber porque necessitam aprender algo;
Autoconhecimento: os adultos precisam entender como podem ser independentes e alunos ao mesmo tempo. Por serem responsáveis pela sua vida, têm dificuldade em que outros lhe digam o que fazer;
Experiências: os adultos têm uma bagagem muito maior e mais variada de experiências, que acabam sendo a base do seu aprendizado, mas também podem acarretar em preconceitos e hábitos mentais que dificultam a aprendizagem;
Prontidão: os adultos têm prontidão de aprender as coisas que precisam saber para enfrentar as situações da vida real;
Orientação: a orientação da aprendizagem dos adultos é focada na vida, nos problemas que vivenciam;
Motivação: os adultos respondem melhor aos fatores motivacionais internos, como o desejo de ter maior satisfação no trabalho, autoestima e qualidade de vida, do que aos externos como melhores empregos, promoções e salários mais altos;
O modelo andragógico indica que uma grande parte da responsabilidade do aprendizado é do próprio aluno, transformando o papel de professor em facilitador de aprendizagem, conduzindo ao sucesso e estimulando resultados.